Conservação - HSs
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Os Hot Spots não são apenas as áreas mais ricas em biodiversidade do planeta, mas também as mais devastadas. Estima-se que apenas 12% da área originalmente ocupada pelos Hot Spots esteja intacta, uma porcentagem bem abaixo da média, uma vez que calcula-se que 30% dos ecossistemas terrestres localizados em regiões habitadas pelo homem, ainda estejam conservados. O fenômeno de maior devastação nas áreas biologicamente mais ricas, deve-se ao fato de que o homem, assim como as demais espécies, têm preferência por existir nessas áreas muito hospitaleiras à vida, em geral, regiões de clima tropical, sub-tropical ou temperada amena.

Apenas 5% da superfície ocupada pelos 25 Hot Spots juntos está de alguma forma preservada, seja como parque nacional, reserva particular ou santuário ecológico. Apesar de preservar apenas 0,6% da área do globo, esses locais já são de grande importância para a manutenção da biodiversidade dos Hot Spots. Além de haver necessidade de ampliar essas reservas, é preciso também verificar se elas não existem apenas “no papel”, uma vez que é possível que muitas ainda assim estejam sendo degradadas.

Certamente é necessário transformar toda a área ocupada pelos Hot Spots em reservas. Calcula-se que a compra de todos esses locais custaria cerca de 5 bilhões de dólares. Aparentemente essa é uma quantia bastante elevada, porém parece viável se considerarmos que a Austrália investiu sozinha 8 bilhões de dólares para que Sidney fosse a sede das Olimpíadas do ano 2000.

Transformar os Hot Spots em reservas seria apenas o passo seguinte, já que outras atitudes devem ser tomadas para garantir a conservação da biodiversidade desses locais. Muitas dessas áreas já estão bastante fragmentas, como é o caso da Mata Atlântica Brasileira, necessitando de cuidados especiais. Com a formação de fragmentos surgem problemas relacionados a biogeografia de ilhas, implicando no aumento das chances de extinção das espécies. As populações sofrem com a endogamia e com a baixa variabilidade genética. É necessário haver um manejo dessas populações e promover migração entre os fragmentos.

Além dos problemas biológicos a serem resolvidos, é necessário vencer as barreiras políticas e sociais. Os Hot Spots localizam-se em diferentes nações que culturalmente possuem prioridades e valores de vida diferentes. É preciso vencer essas barreiras para que os Hot Spots tornem-se patrimônio da humanidade.

 

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Dezembro 2000