Em 1897, Hans e Eduard Büchner pesquisavam como conservar extratos de levedura isento de células, sem utilizar anti-sépticos, pois o objetivo final seria para uso terapêutico. Experimentaram então a sacarose como substância conservadora e o resultado foi uma Fermentação com rápida produção de álcool.
Em 1905, Arthur Harden e William Young, ao unirem glicose com extrato de
levedura, num experimento, observaram uma rápida e breve fermentação.
Contudo quando adicionavam fosfato inorgânico - Pi, o
processo fermentativo continuava. Posteriormente, isolaram
a Frutose 1,6-Bisfosfato, uma ose que incorporava o fosfato inorgânico quimicamente, denominada
como Hexose Difosfato, que é uma das substâncias representante da Glicólise.
Descobriram, também, que se aquecessem ou dialisassem o extrato de levedura a 50oC esta perdia sua atividade. Como? Experimentaram aquecer o extrato de levedura a 50oC, o resultado era a perda da atividade, ou seja, ficava inativo. Experimentaram dialisar o extrato a 50oC, o resultado também era a inatividade. Experimentaram misturar os 2 extratos inativos (o aquecido e o dialisado), como resultado o novo extrato se tornava ativo, isto é, sua atividade retornava. Concluíram que existiam 2 substâncias responsáveis pela atividade:
A via glicolítica completa foi elucidada por volta de 1940. Vários foram os cientistas que contribuiram para o esclarecimento da via, entre eles estão:
Gustav Embden, Otto Meyerhof, Carl Neuberg, Jacob Parnas, Otto Warburg, Gerty Cori e Carl Cori.
Por isso que a glicólise também
é conhecida nos meios acadêmicos como "Via
de Embden-Meyerhof".
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Nos organismos superiores o processo de produção de energia a partir da oxidação dos alimentos, descrito por Krebs, é composto por 3 estágios de geração de energia:
O 1º passo na Glicólise é fosforilar a Glicose transformando-a em Glicose 6-Fosfato, pois a fosforilação
torna as "oses" aniônicas, isto é, a Glicose com carga negativa não consegue atravessar passivamente a membrana plasmática. Portanto com a ajuda da fosforilação as biomoléculas ficam aprisionadas dentro das
células. Outro ponto positivo é que este agrupamento possui fortes interações eletrostáticas com o centro ativo de uma enzima específica.
A Glicólise utiliza, também, como estratégia a formação de moléculas intermediárias com 3 carbonos
que facilmente transfiram os grupamentos fosfato para o ADP, assim a Glicólise permite contrabalancear a síntese de ATP.
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Alguns tipos de reações bioquímicas que ocorrem na
Glicólise:
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O ciclo do Acído Cítrico (também conhecido como Ciclo
de Krebs) e a Cadeia Transportadora de életrons ocorrem após
o término da Glicólise somente em
Organismos Aeróbicos.
Essas sequências de reações são as responsáveis
pela produção de 90% da energia metabólica. Dentro das mitocôndrias será gerado a maior
parte da energia, quando os Piruvatos,
produzidos na Glicólise , forem completamente
oxidados à ATP + CO2
+ H2O. Contudo se no final
da Glicólise houver carência de Oxigênio (O2), o Piruvato é transformado em Lactato.
Já em Organismos Anaeróbicos,
como as Leveduras, após a Glicólise ocorre a Fermentação
que nada mais é do que a transformação do Piruvato em Etanol ou
Lactato.