4.4) Sinais e sintomas clínicos
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Surtos
depressivos: um humor depressivo e uma perda de interesse ou prazer são
os sintomas-chave da depressão. O paciente pode dizer que se sente
triste, inútil e liquidado, desesperançoso com uma espécie de dor
emocional agonizante. Aproximadamente 2/3 dos indivíduos deprimidos
pensam no suicídio e 10 a 15% o cometem. Queixam de uma incapacidade
de chorar, o que resolve quando vão melhorando. Podem entretanto não
perceberem a sua mudança de humor apesar de um afastamento da família,
dos amigos e de atividades que anteriormente os interessavam. 97%
queixam de baixa energia, dificuldade de terminar tarefas, prejuízo
escolar e profissional. Os indivíduos podem ter baixa de apetite e
peso, mas alguns podem ter uma alta no apetite e peso como também
sono exagerado. Outros sintomas como menstruação anormal, baixo
desempenho nas atividades sexuais estão presentes.
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A ansiedade,
incluindo os ataques de pânico, abusos de álcool e queixas somáticas
são freqüentes. Os delírios estão de acordo com o humor deprimido
uma vez que o conteúdo envolve culpa e punição merecidas.
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Surtos maníacos:
o humor maníaco é eufórico e frequentemente de natureza
contagiante. Por outro lado o humor pode ser irritável especialmente
quando planos excessivamente ambiciosos do paciente são contrariados.
Podem ingerir álcool em excesso (talvez na tentativa de
auto-medicar-se). A natureza desinibida deste indivíduo reflete-se no
uso excessivo do telefone, podem despir-se em público, usar jóias e
roupas de cores berrantes em combinações incomuns. Percebe-se alta
impulsividade e determinação. Podem estar relacionados com idéias
religiosas, políticas, financeiras, sexuais ou persecutórias que
evoluem para sistemas delirantes complexos. Ocasionalmente, esses
pacientes tornam-se bastante regressivos e brincam com fezes e urina.
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Julgamento e
"insigth" do paciente: o julgamento do paciente é melhor
avaliado pela revisão de seus atos no passado recente e de seu
comportamento durante a entrevista. O "insigth" do paciente
deprimido sobre sua doença é frequentemente excessivo, na medida em
que enfatiza demasiadamente seus sintomas, suas mazelas e seus
problemas. É muito difícil convencer esses pacientes de que podem
melhorar.
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