Revista de Psicofisiologia, 1(1), 1997

A loucura e o controle das emoções

4.3) Etiologia

  • Fatores genéticos: a hipótese básica é "a hipótese Aminérgica" que engloba o conhecimento obtido a partir de uma série de estudos experimentais. Aproximadamente 50% dos pacientes bipolares têm pelo menos um dos pais com distúrbio do humor, muito frequentemente depressão unipolar. Se um dos pais tem distúrbio bipolar, há 27% de chances de que qualquer filho tenha distúrbio de humor; se dois dos pais têm distúrbio bipolar há 50% a 70% de chances de terem filhos com este distúrbio.

  • Fatores psicossociais: a maioria dos médicos norte-americanos acredita que existe um relação entre acontecimentos vitais estressantes e depressão clínica. Observando as declarações clínicas que refletem expressões como "a depressão apareceu em relação a ..." e "a depressão foi precipitada por ...". Mas não há comprovação para esta hipótese. Os dados mais fortes indicam que a perda de um dos pais antes dos onze anos de idade e a perda do cônjuge no início da doença estão correlacionados com depressão maior.

  • Fatores e personalidades pré-mórbidas : todos os seres humanos, com qualquer padrão de personalidade, podem e tronam-se deprimidos sob circunstâncias apropriadas; entretanto, certos tipos de personalidade - oral-dependente, obsessivo-compulsivo, histérica - podem ter um risco maior de depressão dos que os tipos de personalidade anti-social, paranóide e outros que usam a projeção e outros mecanismos de defesa externalizantes.

  • Impotência aprendida: de acordo com a teoria da impotência apreendida a depressão pode melhorar se o médico instilar num paciente deprimido um senso de controle e domínio do ambiente.

  • Teoria cognitiva: interpretações cognitivas errôneas comuns envolvem distorção da experiência de vida, auto-avaliação negativa, pessimismo e desesperança.