Splicing e Autocat.
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Semelhanças entre splicing por spliceossomo e autoprocessamento

O autoprocessamento de RNA possui várias semelhanças com relação ao splicing realizado por spliceossomos e admite-se que este segundo pode ter sido derivado evolutivamente do primeiro.

Os autoprocessamentos podem ser caracterizados em dois grupos. No grupo I, ele ocorre com a ajuda de um co-fator guanosínico, como mostrado em Tetrahymena. Já no grupo II o radical de ataque é a 2’-OH de um adenilato específico do íntron (veja figura). Existe ainda uma outra forma de autoprocessamento diferente dos dois grupos citados, é o autoprocessamento do tRNA.

Esses dois grupos de autoprocessamento apresentam características também presentes nos processamentos catalisados por spliceossomos. Em ambos a etapa inicial consiste de um ataque de um grupo OH de uma ribose ao ponto de corte 5’ e o terminal 3’-OH recém-formado do éxon upstream então ataca o ponto de corte 3’ do éxon downstream, para formar uma ligação fosfodiéster exón-exón. Além disso, em ambas as reações o grupo fosfato de cada ponto de corte é mantida nos produtos e são reações de transesterificações.

Duas outras características aproximam o processamento de grupo II e os spliceossomos: o fato de que a primeira clivagem é feita pelo próprio íntron e o fato de que o íntron liberado possui forma de laço.

Vários pesquisadores têm proposto uma evolução do autoprocessamento ao processamento por spliceossomos, nesse caso o processamento do grupo II seria uma forma intermediária entre o processamento do grupo I e o spliceossomo.

O principal ponto de evolução nesse caso teria sido o fato de que o poder catalítico teria passado da molécula de RNA para moléculas protéicas, o que daria aos íntrons uma menor “responsabilidade” e permitiria uma melhor regulação dos fatores relacionados, já que eles não possuem capacidade informacional.

 

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