CONSERVAÇÃO
Das 690 espécies
ocorrentes em Minas Gerais, pelo menos 427 ocorrem em Unidades
de Conservação de Proteção Efetiva.
Este número corresponde a 62% da flora de pteridófitas
do Estado.
A base principal para
a revisão da Lista Vermelha de Espécies de
Pteridófitas Ameaçadas de Extinção
da Flora de Minas Gerais foi o banco de dados deste projeto
que conta com cerca de 7000 registros. A coordenação
do grupo de pteridófitas no processo Revisão
da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de
Extinção da Flora de Minas Gerais está
a cargo do Prof. Alexandre Salino.
A nova lista de pteridófitas
ameaçadas em Minas Gerais foi efetivada em workshop
realizado pela Biodiversitas em Agosto de 2006 e ainda não
foi publicada pelo governo de Minas Gerais.
O grupo de especialistas
em pteridófitas indicou um total de 269 espécies
para avaliação, das quais, 118 foram indicadas
como ameaçadas em uma das categorias reconhecidas
pela IUCN; 93 foram consideradas como Não Ameaçadas
(LC) e 58 como Deficientes em Dados (DD). Das 118 espécies
de pteridófitas ameaçadas em Minas Gerais,
75 delas foram classificadas na categoria Criticamente em
Perigo, 25 como Em Perigo e 18 na categoria Vulnerável.
Nota-se que 85 % das espécies foram avaliadas com
os critérios de ameaça mais altos. As 118
espécies ameaçadas correspondem a aproximadamente
17% do total de espécies ocorrentes em Minas Gerais.
As 118 espécies ameaçadas estão distribuídas
em 59 gêneros.
Aproximadamente 80%
das espécies ameaçadas ocorrem nas formações
florestais ou campos de altitude no bioma Mata Atlântica,
15% nos campos rupestres e 5% em áreas do bioma Caatinga.
Baseado no nosso banco
de dados já pode se confirmar a ocorrência
de pelo menos 63 espécies (53% do total de espécies)
ameaçadas em unidades de conservação
de proteção efetiva. Neste contexto é
marcante a importância das RPPNs na proteção
de espécies ameaçadas, principalmente as RPPNs
do Santuário do Caraça, Mata do Sossego e
Acangaú.