Revista de Psicofisiologia, 1(1), 1997

O Estresse e as Doenças Psicossomáticas

6) Comentários do Editor

Esta monografia ficou interessante para se ler pela diversidade e síntese de diversos aspectos das doenças psicossomáticas, que contribuem muito para a melhor elucidação, do que seja estresse e doenças psicossompáticas, sobretudo ao leitor leigo, pois a linguagem é bastante acessível, tanto quanto possível. Embora considerada doença do século, as pessoas falam delas a toda hora, mas não sabem do que se trata. Mas creio que vai também suscitar a atenção dos especialistas, pois foram abordados alguns pontos modernos e de grande extensão cultural, psicológica e cognitiva.

Sempre sobra algum espaço para se explorar mais a criatividade, para apresentar sugestões próprias, usando-se da metaciência com as precauções necessárias a todo ato de generalização, que foi objeto de orientação na disciplina.

Faltou a abordagem de alguns tópicos, que fariam o trabalho mais completo, a saber, a descrição:

  • dum condicionamento simpático na alta frequência em que é acionado faz dele um estímulo punitivo, do qual o homem agitado das cidades corre,

  • dum conceito mais amplo abrangendo o psico, o somático e o vegetativo, interacionados,

  • duma sugestão para uma vida de melhor qualidade que teria se tivéssemos um melhor gerenciamento humano de nosso destino dia a dia,

  • dos dois aspectos do condicionamento do uso do cigarro pela ação da nicotina,

  • da impotência sexual pela ação excessiva do simpático.

Um índice geral precisava ser feito para melhor orientar a consulta do trabalho, daí a sugestão incluida.

Outras observações específicas foram feitas diretamente no texto.

Há alguns textos longos e outros muitos curtos que precisariam ser mais melhor apresentados.

Deveriam acrescentar na bibliografia outras referências consultadas, por exemplo: Lapassade (1983), Melo Filho (1983, 1988), Berger e Luckman (1987), Laraia, Arendt, Codo, Anado, Borkovec, Weinberger, Richard Davidson, Levi (1971), Ohman, Esteves & Para (1995), Barlow (1993) e Gray.

Gostaria de exortá-las a continuar atualizando seus conhecimentos nesta área em plena expansão, pois estamos no século de pesquisas no cérebro e é gratificante manter o trabalho em dia. Para isto é preciso ter contacto com fontes de divulgação científica ou de publicação de trabalhos originais, mas cujo esforço lhes renderá muitos benefícios pelos avanços de se manter à par. Quanto às doenças psicossomáticas específicamente a humanidade irá aprender muito e mais ainda poderá desfrutar se souber aproveitar disto, pois estamos numa quase idade média neste assunto. Vocês podem se aproveitar profissionalmente e pessoalmente ao dominar o assunto.

Parabens! Continuem assim!

Com os meus cumprimentos, subscrevo-me.

Cordialmente,

Professor Fernando Pimentel de Souza