Revista de Psicofisiologia, 1(1), 1997 |
4.3) Como se realiza o controle emocionalA perturbação emocional pode ser apagada da mente através de repressores, que são atitudes que habitual e automaticamente podem funcionar. Embora certas pessoas pareçam calmas e imperturbáveis, às vezes fervilham de perturbações fisiológicas que ignoram. O contínuo desligamento de emoções como raiva ou ansiedade não é incomum: cerca de uma pessoa em seis apresenta o padrão, segundo Weinberger. Permanece a questão, claro, de saber até onde eles são de fato calmos e controlados. Podem realmente não ter consciência dos sinais físicos de emoções aflitivas, ou simplesmente fingem calma? A resposta a isso veio de uma pesquisa de Richard Davidson. Seu estudo valeu-se do fato de que (nas pessoas destras) um centro-chave para processar a emoção negativa é a metade direita do cérebro, enquanto que o centro da racionalidade fica na esquerda. Assim que o hemisfério direito reconhece que uma palavra é perturbadora, transmite essa informação pelo corpo caloso para o centro da fala do lado esquerdo e uma resposta cognitiva é desencadeada. Assim o controle diante duma reação emocional inevitável aparece sempre em retardo até que se passe a descoberta duma solução cognitiva capaz de dar-lhe evasão. Usando um complexo dispositivo de lentes, Davidson pôde mostrar uma palavra de modo que fosse vista apenas na metade do campo visual, portanto exposta só a uma metade do cérebro. Devido à projeção cortical cruzada do sistema visual, se a exibição era para a metade esquerda do campo visual, era reconhecida primeiro pela metade direita do cérebro, com sua sensibilidade à perturbação emocional. Se era para a metade direita, o sinal ia para o lado esquerdo do cérebro, sem ser percebido quanto à perturbação. Quando as palavras eram apresentadas ao hemisfério direito, havia um atraso no tempo que as pessoas imperturbáveis levavam para processar uma resposta - mas apenas se a palavra a que se submetiam era perturbadora. O atraso aparecia apenas quando as palavras eram apresentadas ao hemisfério direito, nada acarretando se eram apresentadas ao hemisfério esquerdo. Em suma, a imperturbabilidade eles parece dever-se a um mecanismo neural que torna mais lenta ou interfere com a transferência da informação perturbadora . A implicação é que eles não estão fingindo sua falta de consciência de como foram perturbados: o cérebro nega-lhes esta informação,porque a reação nem sempre é consciente, mas graças à preparação anterior pode flexibilizar a resposta. Essas pessoas, negam que a tensão as estejam perturbando, e quando simplesmente em repouso, apresentam um padrão de ativação frontal esquerda, associada com sentimentos positivos. Essa atividade do cérebro pode ser a chave das suas afirmações positivas, apesar da subjacente estimulação fisiológica da perturbação. |