Desde os tempos de Platão,
o senso de autodomínio, de poder agüentar as tempestades emocionais que
trazem as desgraças da sorte sem ser "escravos da paixão", tem
sido louvado. O objetivo que devemos atingir é o equilíbrio mental e psicológico
não a eliminação das emoções: todo sentimento tem seu valor e sentido.
Mas, se precisa da emoção ccontrolada, o sentimento proporcional à circunstância.
Quando as emoções são abafadas demais, criam o embotamento e a distância;
quando extremas e persistentes demais tornam-se patológicas, como na depressão
paralisante, na ansiedade esmagadora, na raiva demente e na agitação maníaca.
As pessoas não precisam
evitar sentimentos desagradáveis, eles podem contribuir para uma vida
criativa e espiritual. Só devemos impedir que eles desloquem contigo todos os
demais estados de espíritos agradáveis.
Controlar nossas emoções
é uma atividade de tempo integral: muito de que fazemos é uma tentativa de
controlar o estado de espírito. Tudo, desde ler um romance ou ver televisão
até as atividades e companhias que preferimos, pode ser uma maneira e nos
sentirmos melhor.
No plano do cérebro
muitas vezes temos pouco ou nenhum controle sobre quando seremos arrebatados
pela emoção e sobre qual emoção eclodiremos. Mas podemos ter alguma voz
sobre o quanto durará uma emoção. A tristeza, preocupação ou ira
habituais passam com o tempo, mas quando as emoções são intensas demais
como a ansiedade crônica, a ira descontrolada ou a depressão, podem exigir
medicação e/ou psicoterapia.
Hoje, um sinal da
incapacidade de autocontrole emocional pode ser o reconhecimento de quando a
agitação crônica do cérebro emocional é demasiado forte para ser superado
sem a ajuda farmacológica.
Estudos afirmam ainda a
independência da inteligência emocional da cognitiva, constatando pouca ou
nenhuma relação entre graus de QI e o bem estar emocional das pessoas.
Pesquisas demonstraram
ainda, que não foi unanimidade entre os que acham que estados de espírito
negativos devem ser mudados. Algumas pessoas admitem que jamais tentam mudar
seu estado de espírito, pois para elas todas as emoções são
"naturais" e devem ser experimentadas como se apresentam. Outras
buscam regularmente entrar em estados desagradáveis por motivos pragmáticos:
médicos que precisam estar sombrios para dar más notícias a pacientes,
cobradores que enfurecem para ser mais firmes com os caloteiros, jovens que se
provocam raiva para ajudar o irmão menor contra os valentões infantis. Mas
tirando estes raros cultivos propositais de sentimentos desagradáveis a
maioria se queixava de que estava à mercê de seus estados de espírito.