Revista de Psicofisiologia, 1(1), 1997 |
1) INTRODUÇÃOA dor é o tipo de ocorrência que aniquila o bom humor de qualquer pessoa. Mesmo que apenas seu ombro esteja doendo, parece que tudo mais "dói" junto. Esse mal generalizado, além de comprometer o corpo, afeta a mente: a dor aguda, aquela que sentimos ao esmagar o dedo na porta, gera uma intensa agulhada no cérebro ou a dor em queimação, que como a perder de vista. Já a dor crônica, que tem fôlego para nos acompanhar o tempo todo, costuma desencadear depressão, entre outros transtornos psíquicos. Em ambos os casos, o resultado é parecido: noites sem dormir, compromissos adiados, respostas invertidas e até um desesperador sentimento de impotência.Mas a dor funciona como alarme, um alerta de que algo vai mal e merece a nossa atenção. Então, até certo ponto, a dor cumpre um papel saudável. Ela é capaz de nos fazer cuidar com todo carinho de um ferimento ou correr para o hospital a tempo de evitar um enfarte. A dor, tem uma sensação desagradável, extremamente individual,só você sabe da sua dor. Ela varia conforme muitos fatores, entre eles sensibilidade, cultura, religião e até localização geográfica de cada um. Em regiões frias, as dores musculares são mais freqüentes. Nem sempre é fácil detectar ou intervir na origem da dor, principalmente da dor de longo prazo. Muitas vezes o indivíduo já fez exames, rodou consultórios e nenhum motivo físico explica o seu martírio. Talvez apareça alguém falando em "dor psicológica", como se fosse algo incontrolável pelo corpo. Tecnicamente e organicamente, esse conceito não existe, pois é através do nosso corpo que a sentimos. Mas mesmo na ausência de uma lesão ou disfunção orgânica, a dor pode aparecer. E isto não significa que ela seja menos intensa ou importante. Estresse e tensão são fatores que fazem a musculatura do corpo se contrair e ficar muito dolorida: Alguns transtornos mentais também trazem dor, a somatização, a hipocondria e a são alguns exemplos. Não é simplesmente excesso de imaginação e se aconselha buscar a ajuda de um psicoterapeuta ou psiquiatra, para que a pessoa possa ter sua dor aliviada, além de poder continuar sua vida apesar dela. |