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Os
seis indivíduos encontrados no mesmo conjunto de camada rochosa
de Dmanisi devem pertencer a mesma espécie, ao que tudo indica.
Como esta revelação altera sua idéia da nossa mais
remota ascendência? Compartilhe suas opiniões.
Os
achados recentes de um crânio em Dmanisi obriga os antropólogos
a examinar várias teorias sobre a evolução de nossos
ancestrais, inclusive se o primeiro hominídeo a deixar a África,
o Homo erectus, foi de fato o primeiro humano que usou ferramentas e tinha
o cérebro grande conforme se pensou até hoje. Os restos de
seis indivíduos diferentes foram encontrados na mesma camada de
rochas, mas hominídeos de espécies diferentes nunca foram
encontrados juntos. O que sugere que poderiam ser da mesma espécie.
E se seis indivíduos de tamanhos tão variados quanto, digamos,
um Shaquille O’Neal e Danny DeVito, poderiam representar a mesma espécie,
o que isto significa sobre a maneira como nós vemos a evolução
humana?
Como
isso afeta sua interpretação das origens humanas?
Região
do Cáucaso
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Por Rick
Gore Fotos Gouram
Tsibakhashvili
Este
crânio de 1,75 milhão de anos, da República da Geórgia,
pode ter pertencido a um dos primeiros humanos que deixaram a África.
Ele não se parece com nada que os cientista imaginavam a respeito.
Este
é o rosto que está intrigando muita gente. Talvez seja a
face doprimeiro ser humano a sair da África. Mas não é
o que se esperava.
Este
pioneiro com 1,75 milhão de anos, exumado no ano passado nas ruínas
da aldeia medieval de Dmanisi, na Geórgia, possuía um cérebro
pequeno – bem menor do que se considerava necessário para que nossos
antepassados realizassem uma migração intercontinental. E
seus enormes caninos e sua testa estreita são simiescos demais para
um hominídeo avançado, o grupo do qual somos descendentes.
O crânio, assim como fósseis achados no local, levanta tantas
questões que um cientista murmurou: "Seria melhor que voltassem
a enterrá-lo".
Em
Dmanisi foram exumadas partes de até seis indivíduos na mesma
camada de rocha, entre elas uma enorme mandíbula, pertencente a
um indivíduo bem maior que os outros. É possível,
portanto, que ali existam várias espécies de hominídeo,
mas Dato acha isso improvável – os fósseis estavam próximos
uns dos outros, e não é comum encontrar espécies distintas
de hominídeos no mesmo local. Se eles pertencem à mesma espécie,
então a disparidade de tamanho tem outra explicação.
Talvez a mandíbula grande pertença a um macho velho – e,
como ocorre com os atuais gorilas, os machos de Dmanisi eram maiores que
as fêmeas. Ou talvez nossos ancestrais apresentassem tamanhos tão
variados quanto os dos atuais seres humanos. Afinal, jogadores de basquete
e anões são membros da mesma espécie. Não é
concebível que os nomes atribuídos aos vários tipos
primitivos de Homo tenham afinal complicado demais nossa árvore
genealógica?
Leia
a história toda nas páginas da revista National Geographic.
Há
um salto de quase um milhão de anos entre os achados do sítio
arqueológico de Dmanisi, na República da Geórgia e
qualquer outro da Europa, onde a Espanha abriga os primeiros fósseis
aceitos, datados de 780 mil anos. Sabe-se que os humanos chegaram ao leste
da China por volta de 1,1 milhão de anos atrás. Por que esses
primeiros hominídeos teriam demorado tanto para alcançar
a Europa Ocidental, quando esta região era muito mais próxima
da África do que o leste da Ásia? Uma teoria sugere que o
clima e a geografia os impediram de dispersar-se pela Europa, empurrando-os
para a direção leste da Ásia, em contrapartida. Ou
talvez, acham outros, sítios mais antigos como de Dmanisi simplesmente
não tinham sido descobertos até então. O fato é
que há muita coisa que não sabemos; a história das
origens humanas está desde sempre em aberto.
The
Georgian Center of Prehistoric Research (Centro de Pesquisa da pré-história
da Geórgia) www.dmanisi.org.ge/index.html Descubra
mais informações sobre esse sítio extraordinário,
incluídas a história de seus achados e do crânio encontrado
recentemente, que está revirando o mundo da paleontologia.
The
Smithsonian Institution’s Human Origins Program (Programa do Instituto
Smithsonian sobre as Origens Humanas) www.mnh.si.edu/anthro/humanorigins Saiba
mais sobre os ancestrais do homem e atualize-se em relação
as questões mais quentes da atual paleoantropologia; ou envie suas
perguntas para um pesquisador desse programa.
The
Embassy of Georgia (A embaixada da Geórgia) www.georgiaemb.org Leia
mais sobre a história e as notícias atuais do país
que abriga os achados que levaram os cientistas a começar a trocar
idéias de novo.
Abesalom
Vekua, David Lordkipanidze, and others. "A Skull of Early Homo from
Dmanisi, Georgia," Science (July 5, 2002), 85-89.
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Science
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Delson,
Eric, and others, eds. Encyclopedia of Human Evolution and Prehistory.
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of Georgia," The Journal of Human Evolution Volume (June 2000),
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Rightmire,
Philip. The Evolution of Homo Erectus, Cambridge University Press,
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Berger,
Lee. "Dawn of Humans: Redrawing Our Family Tree," National Geographic
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Metatags:
Georgian
Skull Find:
Rick
Gore, Gouram Tsibakhashvili, Dmanisi, Georgia, Hominid, Homo erectus, Homo
habilis, Silk road, Caucasus, Mandible, Georgian State Museum, Fossils,
Java, David Lordkipanidze, skulls