1. Kimura chegou à conclusão que a maior parte da variabilidade existente era neutra, isto é, não tinha qualquer influência da seleção natural pois o fenótipo não era alterado.
2. Se existem N indivíduos em uma população diplóide, então existem 2N cópias de cada gene presente nessa população
3. Todas as 2N cópias existentes atualmente nessa população são descendentes de um único alelo que existiu no passado. Da mesma forma, das 2N cópias existentes atualmente nessa população, somente uma será ancestral de todas as cópias presentes na população em algum ponto distante no futuro.
4. Se todas as 2N cópias são seletivamente equivalentes, ou neutras em seus efeitos sobre o fitness, então cada uma tem chances iguais de tornar-se o alelo que se fixará na população. Essa chance é igual a 1/2N.
5. A cada geração, mutações introduzirão novos alelos na população. Se n é a taxa de mutação por gene por gameta bem sucedido, então 2Nn novos mutantes serão introduzidos dentro da população a cada geração.
6. Baseado no precedente, a taxa na qual novos mutantes neutros tornam-se fixados na população é (2Nn)x(1/2N) = n, ou seja, igual à taxa de mutação.
CONSEQÜÊNCIAS:
A) Exclusão da seleção natural positiva. Além disso, mesmo que um pequeno número de substituição não seja neutro, ele será provavelmente deletério e rapidamente eliminado pela seleção natural.
B) o papel da deriva genética seria muito maior do que antes imaginado porque esta seria a única capaz explicar as mudanças evolutivas nas freqüências de variantes neutras, onde a seleção natural não pode agir.
2. Esse padrão resulta de
processo de especiação parapátrica (os eventos de
especiação começariam com pequenas populações
tornando-se isoladas. A deriva genética levaria a mudanças
radicais na freqüência de alelos em pequenas populações
e levaria a uma revolução genética).
“Não é a idéia geral de que a seleção natural possa atuar como uma força criativa que está em questão; o argumento básico, em princípio, é firme. A principal dúvida centraliza-se nas afirmativas secundárias – o gradualismo e o programa adaptacionista.” (Gould, 1982).
“O que precisa ser dito agora, em
alto e bom som, é a verdade: que a teoria do equilíbrio pontuado
reside solidamente dentro da síntese neodarwiniana. Sempre residiu.
Levará tempo para corrigir o dano causado pela retórica excessiva,
mas ele será corrigido.” (Dawkins, 1986).
Conclusões:
1. As evidências paleontológicas esmagadoramente sustentam a visão de que a especiação é algumas vezes gradual e algumas vezes pontuada.
2. Um quarto dos estudos informou
um terceiro padrão: gradualismo e estase.
Esses resultados sugerem novos caminhos
para a pesquisa. Por exemplo, é possível que diferentes tipos
de organismos exibam diferentes padrões de mudança?
Hunter, R. S. T. et al. (1988):
o padrão gradualista tende a predominar em foraminíferos,
radiolários, e em outras formas marinhas microscópicas, enquanto
o padrão pontuado ocorre mais frequentemente em fosseis macroscópicos
tais como artropodos marinhos, bivalvos, corais e briozoários.
Se assim ocorre, POR QUE? A pesquisa continua.