Processamento de antígenos para MHC classe I


A geração de peptídeos associados ao MHC classe I a partir de antígenos exógenos ocorre em várias etapas:

1- Os peptídeos apresentados `as moléculas MHC classe I são derivados de proteínas citosólicas. Essas proteínas podem ser: proteínas normais; antígenos produzidos por células tumorais; produtos de fagocitose ou proteínas sintetizadas por vírus que infectam as células.

2- O mecanismo para geração de peptídeos a partir de proteínas citosólicas é principalmente através da proteassomos, mas podem haver outros mecanismos de proteólise citoplasmática. Os proteassomos são grandes complexos enzimáticos com ampla faixa de atividade proteolítica, mas que em geral não degradam as proteínas em aminoácidos simples. As proteínas destinadas ao proteassoma são marcadas através da ligação de várias moléculas de ubiquitina. Além disso algumas moléculas do MHC classe I ligam-se a peptídeos gerados por enzimas proteolíticas do RE, como por exemplo as sequências sinais.

3- Os peptídeos gerados no citosol são transportados para o RE através das proteínas TAP (transportadoras associadas ao processamento de antígenos). O transporte de peptídeos do citosol para o lúmem do RE requer gasto de energia (Figura 16).


Figura 16: Desenho esquemático do processamento e apresentação de antígenos via MHC classe I.


4- Os peptídeos translocados para o RE ligam-se `as moléculas do MHC classe I que estão associadas ao dímero TAP através da proteína tapasina. Após a entrada do peptídeo no RE via TAP ele se liga na fenda da molécula classe I e o complexo é, então, transportado para superfície celular. Esses complexos uma vez expressos podem ser reconhecidos pelas células T CD8+ (figura 17).

5- Os peptídedos transportados para o RE ligam-se preferencialmente `as moléculas MHC I porque elas estão inseridas no complexo TAP e as moléculas classe II estão bloqueadas pelo li (cadeia invariavel).



Figura 17: Transporte e biossíntese de MHC classe I



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