Modificações em proteínas de membrana
Como já foi dito anteriormente uma proteína citossólica
solúvel pode receber uma âncora de membrana pela ligação
covalente de um ácido graxo ou isoprenóide:
Miristilação na região
carboxi-terminal
O terminal amínico de várias proteínas é
contraducionalmente acilado com uma miristila (C14)
ou acila graxa similar. O aminoácido amino-terminal necessariamente
deve ser uma Glicina, o 5 geralmente é uma Serina ou Treonina e
os 6 e 7 são tipicamente básicos. A miristilação
possibilita que uma proteína modificada interaja com o receptor
de membrana ou com a própria dupla camada de lipídeos.
O grupamento tiol de algumas cisteínas nas proteínas pode
ser acilado pela palmitil CoA para formar um derivado S-palmitil (C16)
que atua como âncora de membrana.
Farnesilação na região carboxi-terminal
Muitas proteínas que participam na transdução de
de sinal e marcação de proteínas contém ou
uma unidade farnesila (C15) ou geranilgeranila
(C20) na região carboxi-terminal.
Estes grupamentos isoprenílicos são ligados às Cisteínas
carboxi-terminais por ligações tio-éster. A farnesilação
ocorre em sequências CaaX nas quais a cisteína é seguida
de dois aminoácidos alifáticos (a) e um carboxi-terminal
(X). Após a ligação da unidade em C15
a esta proteína, os aminoácidos aaX são removidos
por proteólise, e o novo carboxi-terminal é metilado. Portanto,
é produzido um novo terminal C altamente hidrófobo por uma
série de modificações.
Geranilgeralização da
região carboxi-terminal
Quando a sequência da região carboxi-terminal é
CC, CXC ou CCXX, uma unidade geranilgeranila (C20)
em vez de uma farnesila se liga a uma ou ambas as Cisteínas. Esta
unidade isoprenílica altamente hidrofóbica é, em alguma
proteínas, necessária para a ligação à
membrana, mas ela sozinha não especifica a membrana alvo.