Spliceossomo
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snRNA’s

Além dos RNAs já conhecidos por nós, como o mensageiro, o transportador e o ribossômico, o núcleo e o citoplasma possuem também vários tipos de moléculas de RNA com menos de 300 nucleotídeos.

Esses RNAs são chamados de snRNAs (small nuclear RNAs) e scRNAs (small cytoplasmatic RNAs). Essas moléculas são importantes porque associam-se a proteínas formando complexos chamados de snRNPs (small nuclear ribonucleoprotein particles) e scRNPs (small cytoplasmic ribonucleoprotein particles).

 

Spliceossomos

Os spliceossomos são grandes arranjos formados por snRNPs e precursores de mRNA.

Nos mamíferos, o início do splicing se dá quando ocorre o reconhecimento do ponto de corte 5’ pelo snRNP U1, que contém uma seqüência complementar ao ponto de corte. Essa molécula liga-se à região de corte protegendo cerca de 15 nucleotídeos da digestão.

Outra RNP, a snRNP U2, liga-se ao ponto de ramificação do íntron e sua associação com a snRNP U1 permite que essa última pareie-se com o ponto de corte 5’. A união de U1, U2 e RNA com o complexo U4-U5-U6 forma o spliceossomo completo.

Para que aconteça o splicing, o U5 interage com seqüências do exon no ponto de corte 5’, as bases ligadas entre U1 e esse ponto são então despareadas através de um processo que consome ATP e desliga U1 do spliceossomo. 

U5 então pareia melhor com o precursor de mRNA, ligando-se ao ponto de corte 5’. Isso causa o rompimento do pareamento entre a snRNP U4 e U6, mudando a conformação dessa última e criando condições para que U6 realize sua atividade catalítica. Dessa forma U4 atua como um inibidor de U6, que a impede de agir até que os pontos de corte estejam alinhados.

U6 pareia-se então com seqüências conservadas no ponto de corte 5’ e continua também pareado com U2, esse último que permaneceu ligado ao ponto de ramificação do íntron. A interação entre esses dois snRNPs (U6 e U2) é o que gera, provavelmente, o centro catalítico do spliceossomo fazendo com que a hidroxila 2’ do adenilato do ponto de ramificação ataque o ponto de corte 5’ e que a extremidade 3’-OH recém-formada do novo exon ataque o ponto de corte 3’ de forma a unir os dois exons (veja Etapas do corte).

O íntron é então liberado, estando ligado a U2, U5 e U6 de forma a terminar a reação de splicing.

Um esquema simplificado do splicing é mostrado na figura abaixo.

É interessante notar nesse processo que as moléculas de RNA desempenham papéis importantes no direcionamento e alinhamento dos pontos de corte e na catálise. Além disso, é interessante notar que as proteínas que consomem ATP são as que desenrolam os intermediários duplex de RNA e induzem a liberação das RNPs, dos precursores de mRNA e dos produtos da catálise.

Abaixo você pode ver a estrutura da snRNP U1 humana. Clicando e arrastando o mouse dentro da figura você pode girá-la. Com o botão direito você pode alterar as configurações de acordo com o que preferir.

Se você não vê a molécula, clique aqui para fazer o download do software de visualização (Chime - 2Mb)

 

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