Revista de Psicofisiologia, 1(1), 1997

A dor e o controle do sofrimento (II)

4.2) Dor crônica

A dor crônica, subsiste depois que cessou de cumprir uma função necessária, não é mais simples sintoma de ferimento ou doença. É uma verdadeira síndrome; um problema médico que exige atenção constante.A dor crônica conduz à debilidade e gera, muitas, uma depressão profunda , pois não há esperança de alívio Um sentimento de impotência, de desespero invade o doente. A dor torna-se odiosa: intolerável e inútil. Dor e queixas persistem sem abrandar, e muitas vezes, a atividade do doente se limita à procura cada vez maior de um tratamento adequado. O doente apresenta todos os sinais de uma depressão evolutiva. Muitas vezes,examina-se, então, o indivíduo para determinar se o seu comportamento mórbido tem uma causa psicológica. Na busca de alívio, esses infelizes tornam-se quase sempre dependentes de narcóticos que amenizam a dor.

A dor crônica raramente deriva de uma única causa,mas é antes, o resultado de múltiplos fatores agindo uns sobre os outros. Uma variedade de elementos -físicos e psicológicos - entram em interação e favorecem o desenvolvimento da dor crônica.