Unidades protéicas simples polimerizam-se para formar
filamentos uniformes. Polimerização e despolimerização ocorrem
simultaneamente, porém de uma maneira ordenada e eficiente.
Filamentos de
actina
A actina é uma proteína que ocorre
praticamente entre todos os eucariotos. A unidade monomérica, em
presença de ATP, associa-se espontaneamente formando um polímero linear
e helicoidal.
Citocalasinas são substâncias que impedem a polimerização
da actina. Quando células são tratadas com citocalasinas não mais podem
formar filamentos de actina, perdendo a capacidade de desempenhar a
citocinese, a fagocitose e o movimento amebóide. Contudo, a separação
das cromátides durante a divisão não é afetada, mostrando que a actina
não desempenha papel fundamental neste processo.
Uma outra proteína, a miosina, tem a
capacidade de deslizar ao longo de filamentos de actina, com gasto de
ATP, além de se ligar a diversas organelas. Com isso, a miosina promove
a movimentação das organelas, além de promover uma corrente no citosol,
o que ajuda na distribuição de inúmeras substâncias.
Um caso particular da organização actina-miosina ocorre
nas células de músculos esqueléticos, onde filamentos espessos de
miosina permanecem estacionários enquanto que finos filamentos de actina
deslizam, promovendo o fenômeno da contração.
Microtúbulos
Microtúbulos são formados pela
polimerização da proteína tubulina. Subunidades alfa e
beta da tubulina formam dímeros que, por sua vez, formam filamentos
delgados. 13 filamentos associam-se, lado-a-lado, formando um cilindro
oco, o microtúbulo.
Os microtúbulos têm especial importância na costituição do
fuso mitótico, promovendo a separação das cromátides irmãs. Quando uma
célula é tratada com colchicina, que impede a polimerização da tubulina,
perde sua capacidade de divisão.
Assim como a miosina pode associar-se e deslizar sobre a
actina, a cinesina e a dineína podem deslizar, também com gasto de ATP,
por microtúbulos. O movimento de cílios e flagelos, por exeplo, está
relacionado com o deslizamento de dineína sobre os microtúbulos.
Filamentos
intermediários
Os filamentos intermediários englobam uma
série de tipos de filamentos protéicos com funções específicas em
diversos tipos celulares, como os neurofilamentos, que fornecem rigidez
ao axônio, e os filamentos de queratinas, presentes em diversas células
dos vertebrados.