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A definição clássica de entropia é o número de possibilidades de arranjo de um sistema. Pelas leis da Termodinâmica, um sistema fechado (ou seja, sem energia entrando ou saindo do mesmo) sempre tende a aumentar a sua entropia ao máximo, de modo a minimizar a sua energia e, assim, se tornar mais estável. Bastante vago, não? O que acontece é o seguinte: ao se aumentar a entropia de um sistema, o mesmo tem um grande número de possibilidades de baixa energia pra transitar entre elas, mas, ao se deixar um sistema com uma baixa entropia, existem somente algumas possibilidades de alta energia para ele.

O seu quarto, por exemplo, pode estar desorganizado das mais diversas formas (um tênis dentro do armário e o outro debaixo da cama, ou os dois embaixo da cama, ou nenhum, ou a toalha molhada em cima de algum móvel, ou tudo isso ao mesmo tempo...). Assim, perceba que existem diversas formas do quarto estar desorganizado (e, convenhamos, todas elas bastante fáceis de acontecerem e, salvo interferências paternas, de permanecerem).

Mas existe somente uma (ou poucas) possibilidades do quarto estar organizado e, para que esse(s) estado(s) ocorra(m), é necessário um esforço razoável e contínuo. Assim temos a nossa analogia: é muito mais fácil que um sistema tenda para a sua desorganização do que para a sua organização.