Câncer e Envelhecimento


        Lesões causadas no DNA e outras macromoléculas induzidas por espécies de oxigênio reativas têm atraído considerável interesse nos anos rescentes e gerado extensiva discussão na relevância dos danos espontâneos causados no DNA relacionados ao envelhecimento e câncer.
        O xeroderma pigmentoso, uma rara doença de pele nos seres humanos, é geneticamente transmitido como um caráter genético e o paciente possui susceptibilidade à luz ultravioleta (UV). Nestes pacientes, cânceres de pele se desenvovlem em vários locais. Muitos morrem antes de completar 30 anos por metátases destes tumores malignos na pele.
        Os estudos de fibroblastos de pacientes com esta doença revelaram um defeito bioquímico em forma de doença. Nos fibroblastos normais, metade dos dímeros de pirimidina produzidos pela radiação UV são excisados em menos de 24 horas. Por outro lado, quase nenhum dímero é excisado neste intervalo de tempo em fibroblastos derivados de pacientes com xeroderma pigmentoso. estes estudos mostram que o xeroderma pigmentoso pode ser produzido por um defeito na exonuclease que hidrolisa o arcabouço do DNA próximo a um  dímero de pirimidina. As drásticas consequências clínicas deste defeito enzimático salientam a importância crítica do reparo de DNA.
        Em 1895, a costureira de Alfred Warthin lhe disse que ela iria morrer jovem por causa de câncer de cólon ou órgãos femininos porque a maioria dos membros de sua família morria destes tipos de câncer. sua premonição foi correta: ela morreu de carcinoma no útero. Warthin estudou a família dela e observou que de fato  os seus membros familiares tinham alta susceptibilidade ao câncer. Estudos subsequentes mostraram que este distúrbio genético, chamado de câncer colorretal sem polipose hereditário (HPPC) não é raro. Uma em cada 200 pessoas é afetada no mundo. O HPPC resulta  de um reparo  defeituoso de mau pareamento do DNA (MIsmatch Repair). As mutações em dois genes, chamados de hMSH2 e hMLH1, contribuem para a maioria dos casos desta predisposição ao câncer.O achado marcante é que estes genes são as contrapartes  humanas de Mut S e Mut L de E.coli. Parece provável que as mutações nestes dois genes importantes deste tipo de reparo geram um acúmulo de mutações no genoma celular. Com o tempo, os genes importantes para o controle da proliferaçzãão celular tornam-se alterados, resultando no câncer.


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