Ezequiel Rubinstein
Joaquim E. G. Gomes
Márcio A. Cardoso
Humberto J. Alves
1
– Crânio
O
estudo do crânio deve ser inicialmente teórico-prático. Leia o texto
abaixo, acompanhando a descrição na peça. As estruturas destacadas em
negrito são aquelas cujo conhecimento poderá ser avaliado nas provas
práticas.
1.1 - Vista posterior do
crânio
A
parte posterior do crânio é composta de porções dos ossos parietais, do
osso occipital e das partes mastóideas dos ossos temporais. Além destes,
outras estruturas importantes são identificáveis posteriormente:
a sutura parietomastóidea, entre o osso parietal e o processo mastóideo do osso temporal.
a
sutura occipitomastóidea, entre o osso occipital e o processo mastóideo
do osso temporal.
o
forame mastóideo, situado no processo mastóideo, próximo à sutura
occipitomastóidea e que dá passagem a vasos;
a
protuberância occipital externa é uma projeção mediana, muito
saliente, abaixo do lambda e palpável no vivente.
a
linha superior da nuca é uma crista curva que parte de cada lado da
protuberância occipital externa, com direção lateral.
1.2 - Vista anterior do
crânio
No
crânio em vista anterior vê-se a fronte, as órbitas, a proeminência da
face, o nariz ósseo externo, as maxilas e a mandíbula.
O
osso frontal forma o esqueleto da fronte. Inferiormente, de cada lado do plano
mediano, ele se articula com os ossos nasais e o ponto de intersecção desta
junção, no plano mediano, é denominado nasion. A área acima do nasion e
entre os supercílios é a glabela. Os arcos superciliares são elevações
arqueadas que se estendem de cada lado da glabela, em direção lateral. Até
os seis anos de idade o frontal é dividido no plano mediano, pela sutura
frontal. Raras vezes esta divisão pode persistir no adulto e a linha de
separação é conhecida como sutura metópica.
1.2. 1 - Órbitas
São
duas cavidades ósseas nas quais estão situados os olhos, contendo os
seguintes acidentes:
a
margem (borda) supra-orbital, que é o contorno superior da órbita,
constituída pelo osso frontal.
a
incisura supra-orbital, situada na porção medial da margem
supra-orbital, aloja o nervo e vasos supra-orbitais. Em alguns crânios
pode ser um forame. Medialmente à incisura a margem supra-orbital é
cruzada pelos vasos e nervos supratrocleares.
o
processo zigomático do osso frontal é a continuação da margem
supra-orbital, lateralmente. É facilmente palpável no vivente.
o
teto da órbita, formado na sua maior parte pelo osso frontal.
a
margem lateral da órbita, constituída pelos ossos frontal e zigomático.
a
margem inferior da órbita, constituída pela maxila e zigomático
a
margem medial da órbita, pouco nítida, é constituída pela maxila e
pelos ossos frontal e lacrimal
o
forame infra-orbital, situado na maxila, abaixo da margem inferior da
órbita, e que dá passagem aos vasos e nervo infra-orbitais.
1.2.2 - Nariz ósseo
externo
A
parte óssea do nariz externo é formada pelos ossos nasais e pelas maxilas e
termina, anteriormente, como abertura piriforme. Os ossos nasais situam-se
entre os processos frontais das maxilas e estão unidos no plano mediano.
Articulam-se com o frontal superiormente, enquanto que suas bordas inferiores
estão ligadas às cartilagens nasais que constituem um arcabouço
cartilaginoso para as partes moles do nariz externo. Através da abertura
piriforme vê-se a cavidade nasal dividida pelo septo nasal em porções
direita e esquerda, que também são, freqüentemente denominadas como
cavidade nasal direita e esquerda. A parte anterior do septo nasal é
constituída por cartilagem e a posterior pelo osso vômer e parte do osso
etmóide. Cada parede lateral da cavidade nasal apresenta, geralmente, três
placas curvas (podem existir quatro) denominadas conchas nasais superior,
média e inferior ( a quarta, nem sempre presente é a concha nasal suprema ).
Os espaços situados abaixo das conchas são denominados respectivamente de
meatos superior, médio e inferior. No plano mediano a margem inferior da
abertura piriforme apresenta um esporão ósseo aguçado, a espinha nasal
anterior.
1.2.3 - Proeminência da
face
A
proeminência da face é formada pelo osso zigomático, situado na parte
inferior e lateral da órbita, e repousa sobre a maxila. É facilmente
palpável (“maça do rosto”). O processo frontal do osso zigomático se
articula com o processo zigomático do osso frontal.
O
maxilar é composto de duas maxilas. O crescimento das maxilas é responsável
pelo alongamento vertical da face entre os 6 e 12 anos de idade. Seus
principais acidentes são:
o
processo zigomático, que articula-se com o osso zigomático
o
processo frontal, que articula-se com o osso frontal
o
processo alveolar, no qual se implantam os dentes superiores
o
processo palatino, que se estende medial e horizontalmente para encontrar
seu homônimo do lado oposto e formar a maior parte do esqueleto do palato
duro.
o
forame infra-orbital
1.3 - Vista lateral do
crânio
Em
vista lateral, muitos elementos descritos anteriormente também são
identificáveis e outros aparecem, particularmente alguns acidentes do osso
temporal.
No
osso zigomático são reconhecidos os seguintes elementos :
a
articulação do zigomático com o processo zigomático da maxila,
medialmente.
o
processo frontal do zigomático
a
fossa temporal, situada posteriormente ao processo frontal do zigomático
e da órbita, lateralmente à abóbada craniana, é uma profunda
depressão, que aloja o m. temporal. Ela está limitada, lateralmente por
uma ponte óssea, palpável no vivente, denominada arco zigomático. O
assoalho da fossa temporal, que dá origem ao m. temporal, contem
porções do frontal, do parietal, a asa maior do osso esfenóide e parte
da escama do osso temporal.
o
arco zigomático é uma estreita barra óssea constituída anteriormente
pelo processo temporal do zigomático, que se une ao processo zigomático
do osso temporal.
No
osso temporal é facilmente identificável a parte escamosa do osso temporal
que se articula com o osso parietal pela sutura escamosa.. Acima da sutura
escamosa, e com a mesma forma semicircular, podem ser distinguidas duas linhas
temporais, superior e inferior. Acompanhando-se a borda inferior do arco
zigomático, posteriormente chega-se ao tubérculo articular e, imediatamente
posterior a ele, à fossa mandibular que recebe a cabeça da mandíbula.
Posteriormente a esta localiza-se o meato acústico externo, canal
osteocartilaginoso entre o meio externo e a membrana do tímpano. A membrana
do tímpano separa, no vivente, o meato acústico externo do ouvido médio
(cavidade timpânica), que é um espaço dentro do osso temporal.
Posteriormente ao meato acústico externo está a parte mastóidea do osso
temporal, caracterizada por um cone truncado, robusto, que se projeta
inferiormente e é denominado processo mastóide, destinado à fixação de
músculos. A parte mastóidea do osso temporal contém certo número de
espaços aéreos no seu interior, as células mastóideas que estão em
comunicação com o ouvido médio. O processo estilóide do osso temporal é
um estilete ósseo que parte do assoalho do meato acústico externo com
direção inferior e anterior. Serve à fixação de músculos.
Posteriormente
ao processo mastóide situa-se a porção visível do osso occipital,
denominada escama do osso occipital. A articulação entre o occipital e o
temporal é marcada pela sutura occipitomastóidea, enquanto que a sutura
lambdóidea, já descrita, situa-se entre o occipital e o parietal.
A
fossa infratemporal é um espaço de configuração irregular, situado
posteriormente à maxila e que é apenas a continuação inferior da fossa
temporal, considerando-se que o limite entre as duas, no sentido horizontal,
seja o arco zigomático. Assim, pode-se dizer que o limite medial da fossa
infratemporal é a lâmina lateral do processo pterigóide do esfenóide,
enquanto que seu limite lateral é o ramo e o processo coronóide da
mandíbula. A fossa infratemporal tem como seu principal conteúdo a parte
inferior do m. temporal, os mm. pterigóideos (lateral e medial), a artéria
maxilar e os nervos mandibular e maxilar. Acima da superfície posterior da
maxila, entre ela e a asa maior do esfenóide, a fossa infratemporal
comunica-se com a órbita por meio da fissura orbital inferior. Ela se
continua, posteriormente, com a fissura pterigomaxilar, uma fenda localizada
entre a lâmina lateral do processo pterigóide e a maxila. Esta fenda
comunica a fossa infratemporal, que lhe é lateral, com um espaço que lhe é
medial, a fossa pterigopalatina. Deste modo, a fissura pterigomaxilar é a
porta de entrada da fossa pterigopalatina .
1.4
- Mandíbula
A
mandíbula é formada por corpo, ramo e, na junção das duas partes, o
ângulo da mandíbula cuja parte mais proeminente, palpável no vivente, é
denominada gônion. O corpo tem forma de ferradura e os dois ramos partem dos
extremos da ferradura em direção ascendente. Na superfície externa do corpo
os seguintes acidentes são identificáveis:
a
protuberância mental é uma projeção inferior da crista mediana, pouco
marcada, que indica a linha de fusão das metades da mandíbula. A crista
é denominada sínfise mental. A protuberância mental é limitada, de
cada lado, pelo tubérculo mental, nem sempre muito nítido.
o
forame mental situado, freqüentemente, sob o 2º pré-molar. O nervo e
vasos mentais emergem do forame.
a
linha oblíqua é uma crista pouco saliente que se estende, obliquamente,
do tubérculo mental até a borda anterior do ramo.
a
parte alveolar é a borda superior do corpo da mandíbula, onde se
encontram cavidades, os alvéolos dentários, que recebem os dentes
inferiores.
a
fossa digástrica é uma depressão irregular situada sobre ou posterior
à borda inferior da mandíbula (também denominada de base), junto da
sínfise mental.
Na
superfície interna do corpo encontram-se:
a
espinha mental, que é uma projeção irregular, mediana, posterior à
sínfise. Pode estar constituída de pequenas projeções, os tubérculos
genianos, destinados à fixação de músculos.
a
linha milo-hióidea é uma crista oblíqua, nem sempre muito saliente, que
se estende da fossa digástrica, anteriormente, até um ponto situado no
nível do 3º dente molar inferior
a
fossa submandibular é uma depressão situada abaixo da parte média da
linha milo-hióidea, alojando parte da glândula submandibular.
a
fossa sublingual é uma pequena depressão situada anteriormente à fossa
submandibular, porém superiormente à linha milo-hióidea. Aloja a
glândula sublingual
A
borda superior do ramo é côncava e forma a incisura da mandíbula. A
incisura é delimitada, anteriormente, pelo processo coronóide, e
posteriormente, pelo processo condilar. Este é constituído pela cabeça (ou
côndilo) da mandíbula e por uma porção mais estreitada, imediatamente
inferior à cabeça, o colo da mandíbula. A borda anterior do ramo é
contínua com a linha oblíqua do corpo da mandíbula e pode ser palpada por
dentro da boca. A superfície lateral do ramo é plana e dá inserção ao m.
masseter, um dos músculos mastigadores. Na superfície medial do ramo estão
os seguintes acidentes:
o
forame da mandíbula, que constitui a abertura do canal da mandíbula que
corre dentro do corpo da mandíbula. Pelo forame penetram o nervo e vasos
alveolares inferiores. O canal da mandíbula que se estende até o plano
mediano dá origem, no seu decurso, a um pequeno canal que se abre no
forame mental.
a
língula, que é uma projeção óssea que limita medialmente o forame da
mandíbula.
o
sulco milo-hióideo, que se inicia posteriormente à língula e se
estende, anterior e inferiormente, até a fossa submandibular. Aloja o
nervo e os vasos milo-hióideos
1.5 - Vista inferior do
crânio
Na
base do crânio (face inferior) os principais acidentes existentes serão
descritos a seguir no sentido ântero-posterior e ocupando uma faixa que fica
limitada, lateralmente, pelos processos estilóides do osso temporal.
Anteriormente, em forma de U, situam-se os processos alveolares das
maxilas com os dentes superiores, contornando uma plataforma óssea deprimida,
o palato duro, que constitui o teto da boca e o assoalho das cavidades nasais.
O palato duro está formado pelo processo palatino da maxila, maior e
anterior, e pela lâmina horizontal do osso palatino, posterior e menor. No
plano mediano, posteriormente, as lâminas horizontais do osso palatino formam
uma projeção óssea, a espinha nasal posterior. A partir da espinha nasal
posterior, as bordas posteriores das lâminas do palatino são côncavas e se
estendem lateralmente. Elas constituem as margens inferiores das duas coanas,
aberturas posteriores das fossas nasais, pelas quais as a cavidade nasal se
comunica com a faringe. As coanas estão separadas pela borda posterior do
septo nasal, neste ponto constituído pelo osso vômer. Posterior ao vômer,
está, no plano mediano, o corpo do osso esfenóide ao qual se prendem,
projetando-se inferiormente, duas lâminas ósseas, uma medial e outra
lateral. Em conjunto constituem o processo pterigóide e entre elas está a
fossa pterigóidea. Posterior e lateralmente à lâmina lateral do processo
pterigóide situa-se o forame oval, que dá passagem ao nervo mandibular.
Lateral e posteriormente ao forame oval situa-se o forame espinhoso, através
do qual passam os vasos meníngicos médios. O corpo do osso esfenóide se
articula com a parte basilar do osso occipital pela articulação
esfeno-occipital, uma juntura cartilagínea do tipo sincondrose, um dos raros
exemplos deste tipo de juntura no corpo humano. Sobre a parte basilar, ainda
no plano mediano, há uma projeção óssea, o tubérculo faríngico, que
serve à fixação da faringe. De cada lado da parte basilar do occipital é
vista uma abertura denteada, o forame lácero, que, no vivente, é fechada por
uma cartilagem.
Posteriormente
à parte basilar do occipital, abre-se um grande forame, o forame magno do
osso occipital. Este grande forame comunica a cavidade craniana (que aloja o
encéfalo) com o canal vertebral (que aloja a medula espinhal). De cada lado
do forame magno estão os côndilos occipitais que se articulam com a primeira
vértebra da coluna vertebral, o atlas. Sob o côndilo occipital há um canal,
o canal do hipoglosso, para a passagem do nervo hipoglosso.
Posterior
ao processo estilóide e junto de sua base, está o forame estilomastóideo,
do qual emerge o nervo facial. Medialmente ao processo estilóide está o
canal carótico, anterior, para a passagem da artéria carótida interna, e o
forame jugular, pelo qual passam a veia jugular interna e os nervos
glossofaríngico, vago e acessório.
1.6 - Cavidade craniana
A
cavidade craniana aloja o encéfalo e suas membranas de revestimento, as
meninges. Está coberta pela calota craniana e seu assoalho é formado pela
superfície superior da base do crânio. Este assoalho pode ser dividido em
três andares ou fossas cranianas, por meio de duas proeminências ósseas, em
cada lado, a saber: anteriormente, a borda posterior da asa menor do
esfenóide e, posteriormente, a borda superior da parte petrosa do osso
temporal. Delimitam-se assim três regiões conhecidas como fossas cranianas
(ou andares) anterior, média e posterior. O assoalho das fossas é irregular
e reflete certos caracteres do encéfalo, sendo que impressões dos giros
cerebrais são evidentes nas fossas anterior e média.
1.6.1 - Calvária
A
calota craniana, que forma o teto da cavidade craniana recebe a denominação
de calvária. A superfície interna da calota, côncava em todas as
direções, caracteriza-se pela presença de numerosos sulcos vasculares que
alojam vasos meníngicos. No plano mediano, um sulco sagital, pouco profundo,
aloja o seio sagital superior, elemento importante na drenagem venosa do
cérebro.
1.6.2 – Fossa anterior
A
fossa anterior do crânio aloja os lobos frontais do cérebro e seu assoalho
é constituído por porções dos ossos etmóide, frontal e esfenóide. O
etmóide corresponde ao plano mediano, anteriormente; o frontal contribui com
as lâminas orbitais do frontal, lateral e anteriormente, e o esfenóide, com
a asa menor do esfenóide, posterior. No plano mediano, anteriormente,
situa-se a crista galli, projeção óssea do etmóide, que dá inserção a
uma prega da dura-máter, a foice do cérebro. De cada lado da crista galli,
está a lâmina crivosa, caracterizada pela presença de numerosas aberturas
que dão passagem a filamentos nervosos, os quais, em conjunto, constituem o
nervo olfatório. A borda posterior da asa menor é cortante, às vezes
denominada por alguns crista esfenoidal e se sobrepõe à fossa craniana
média. Ela termina, medialmente, no processo clinóide anterior, outro ponto
de inserção da dura-máter.
1.6.3 - Fossa média
A
fossa craniana média está constituída por partes do esfenóide e do
temporal. Mais precisamente, pela asa maior do esfenóide, pela parte escamosa
do temporal e pela porção mais anterior da parte petrosa do temporal
(anterior à borda superior da parte petrosa). No plano mediano da fossa
média está o corpo do esfenóide, de forma cubóide, com superfícies
laterais, posterior e superior: Às superfícies laterais do corpo unem-se as
asas maiores do esfenóide e os processos pterigóides (estes só são vistos
inferiormente); a superfície posterior está fundida com o osso occipital no
adulto e a superfície superior é denominada sela túrcica. A sela é
delimitada, anteriormente, pelo tubérculo da sela e, posteriormente, pelo
dorso da sela, uma lâmina quadrada de osso que se projeta superiormente e
apresenta, nos dois lados, o processo clinóide posterior. A cavidade da sela
é denominada fossa hipofisaria, pois aloja a hipófise.
O
processo clinóide anterior está situado, posterior e lateralmente, às duas
raízes que unem a asa menor do esfenóide ao seu corpo. Entre as duas raízes
situa-se o canal óptico, pelo qual passam o nervo óptico e a artéria
oftálmica. De cada lado da sela túrcica, a fossa craniana média expande-se
lateralmente, sendo constituída pela asa maior do esfenóide e escama do
temporal.
Também
estão situados na fossa média os seguintes acidentes: o canal carótico,
lateralmente ao processo clinóide posterior; o forame lácero, lateral e
posteriormente ao canal carótico; a fissura orbital superior, sob o processo
clinóide anterior e a parte medial da borda posterior da asa menor do
esfenóide. A fissura orbital superior dá passagem aos nervos oculomotor,
troclear e abducente e a ramos do n. oftálmico. Logo posteriormente a fissura
está o forame redondo, que dá passagem ao n. maxilar; mais lateral e
posteriormente ao forame redondo está o forame oval e logo posterior a ele
está o forame espinhoso, ambos já descritos com a base do crânio.
1.6.4- Fossa posterior
A
fossa posterior do crânio aloja o cerebelo e tronco encefálico. Chama a
atenção de imediato a presença do forame magno, no plano mediano. O canal
do hipoglosso pode ser identificado junto ao contorno anterior do forame
magno. Deste, a parte basilar do occipital projeta-se anteriormente para
encontrar-se com o corpo do esfenóide, com o qual se funde durante a 3ª
década de vida. Posteriormente ao forame mango, no plano mediano, existe uma
linha elevada, a crista occipital interna que termina na protuberância
occipital interna. Nesta região, os seios sagital superior e retos terminam e
se iniciam os seios transversos direito e esquerdo. Cada seio transverso
situa-se num sulco para o seio transverso, que se afasta lateralmente a partir
da protuberância occipital interna dirigindo então, inferior e medialmente,
e constituindo o sulco para o seio sigmóide que termina no forame jugular. Na
superfície posterior da parte petrosa do osso temporal situa-se o meato
acústico interno, por onde penetram os nervos facial e vestibulococlear.
2
– Esterno e costelas
Identifique
os ossos que constituem o esqueleto torácico. Observe que eles se dispõem de
modo a formar uma caixa óssea de forma aproximadamente cônica, cujo espaço
interno, chamado de cavidade torácica, contém órgãos de importância
vital. Examine a face externa da parede posterior do tórax e note a presença
de duas depressões longitudinais, situadas de cada lado das vértebras e
produzidas pela orientação ântero-posterior das partes mediais das
costelas. Cada uma dessas depressões é conhecida como sulco costovertebral,
o qual aloja as subdivisões do músculo eretor da espinha. Identifique os
elementos que delineiam a abertura superior do tórax. Localize os arcos
costais, o ângulo infraesternal e o processo xifóide. Quando comparamos dois
indivíduos de tipos constitucionais extremos (brevilíneo e longilíneo)
quais são as principais diferenças anatômicas
relativas ao tórax?
Apesar
de ser possível a sua comparação com o crânio no que se refere à função
protetora, o esqueleto torácico difere daquele por constituir um envoltório
descontínuo, o que confere uma proteção apenas relativa.
O
tórax não é estático. A combinação em uma só estrutura de elementos
ósseos, articulações sinoviais, peças cartilagíneas, e músculos dá ao
conjunto a elasticidade necessária ao desempenho da função respiratória.
Estude os ossos de acordo com o roteiro que se segue, observando a mesma orientação dada para o estudo do esqueleto nos outros segmentos. Visando padronizar e simplificar o aprendizado, a tabela 1 mostra os elementos que devem ser identificados na caixa torácica, no esterno e na coluna vertebral
Leia
a descrição do esterno. Identifique as partes que o constituem. Localize a
incisura jugular, as incisuras claviculares e as incisuras costais. Quais são
as costelas que se articulam individualmente com o esterno e em que locais
desse osso se verificam essas articulações? O que é ângulo esternal e qual
é a importância prática do seu conhecimento
Quantos
são os pares de costelas? Observe que a maior parte delas fazem conexão
entre a coluna vertebral e o esterno. Conceitue e identifique costelas
verdadeiras, costelas falsas e costelas flutuantes. Detenha-se, agora, em um
única costela. Repare que se trata de um osso alongado, achatado e côncavo
em sua face interna (aqui é preferível o uso do termo interno em lugar de
medial porque o ponto de referência é uma cavidade), e que apresenta uma
disposição oblíqua em relação ao plano frontal. As 12 costelas não são
idênticas umas às outras. Contudo da 3ª até a 9ª possuem características
em comum, sendo por isto conhecidas como costelas típicas. É preciso que
você saiba, pelo menos, as partes e os acidentes de uma costela típica.
Quais são os pontos de articulação de uma costela típica com a coluna
vertebral? Não há necessidade de estudar detalhadamente a 1ª, 2ª 10ª,
11ª e 12ª costelas. Estude o texto referente às cartilagens costais e
identifique-as no esqueleto e, posteriormente, no cadáver.
3
– Coluna vertebral
A
coluna vertebral é formada por um conjunto de peças ósseas, as vértebras,
unidas entre si por ligamentos e por articulações fibro-cartilagíneas
(discos intervertebrais). Uma vez que tais articulações são individualmente
pouco móveis (lembre-se dos conceitos básicos sobre articulações), o que
permite a grande flexibilidade da coluna? Observe o esqueleto e note que as
vértebras são progressivamente maiores no sentido caudal. Isso teria alguma
explicação? Quais são as partes da coluna e quantas vértebras compõem
cada uma delas? O que é curvatura primária e quais são elas? O que é
curvatura secundária e quais são elas? Qual o significado dos termos cifose,
lordose e escoliose? Estude a descrição de uma vértebra típica,
identificando as suas partes e os seus acidentes. Saiba quais são as
características das vértebras cervicais (inclusive atlas e áxis),
torácicas e lombares, de modo a poder identificar uma vértebra isolada.
Procure conhecer vários aspectos pois assim a classificação torna-se mais
fácil e precisa. Leia o texto referente ao sacro e ao cóccix, fazendo a
identificação dos seus acidentes. O que é promontório sacral
4
– Pelve óssea
Os
acidentes ósseos do osso do quadril já foram vistos no segmento membro
inferior. Reveja aqueles relacionados com a face pélvica do osso do quadril,
bem como os de suas bordas. Reveja também a linha arqueada ou terminal, a
abertura inferior da pelve, a sínfise púbica e os conceitos de pelve menor
(ou verdadeira) e de pelve maior (ou falsa).
5
– Músculos da cabeça e do pescoço
Na
tela subcutânea do pescoço você poderá constatar a presença de feixes
musculares de trajeto aproximadamente longitudinal. O conjunto desses feixes
constitui, de cada lado, uma lâmina aproximadamente quadrilátera denominada
músculo platisma. O platisma é um músculo dérmico da mesma forma que o
músculo palmar curto (localizado na eminência hipotenar) ou os músculos
superficiais da face, constituindo, em conjunto com estes, os assim chamados
músculos mímicos ou da expressão facial. Alguns destes serão agora
identificados: músculos orbiculares do olho e da boca, zigomático maior e
menor. Para que se realizasse uma visualização completa da musculatura
mímica seriam necessárias preparações especiais, que não estão
disponíveis. Assim, estude os demais músculos pelo livro-texto e pelo atlas.
Volte
ao pescoço e determine os limites do quadrilátero cervical bem como dos
trígonos anterior e posterior. Identifique os seguintes músculos:
m.
esternocleidomastóideo
m.
trapézio
m.
omo-hióideo e seu tendão intermediário
m.m.
escalenos anterior e médio
m.m.
infra-hióideos (não é necessária a identificação individual de cada
um deles)
m.
digástrico e seu tendão intermediário
m.m.
supra-hióideos (não é necessária a identificação individual de cada
um deles
Volte
à face e identifique os músculos bucinador e masseter. Estude a teoria
referente aos músculos temporal e pterigóideos lateral e medial. Qual é a
relação existente entre o músculo bucinador e o ducto parotídeo?
6
– Músculos do tórax e do abdome
Na
maioria das peças disponíveis, as cartilagens costais, as junções
costocondrais, os músculos intercostais externos (repare o trajeto de suas
fibras), as membranas intercostais externas já foram ressecados, ao menos nas
porções mais superiores do tórax. Procure identificá-los nas porções
mais inferiores do tórax ou nas peças em que estejam presentes em toda a
extensão. Note as expansões em forma de fita do músculo serrátil anterior
e como as mais inferiores se interdigitam com as fibras do músculo oblíquo
externo. Observe também os músculos intercostais internos e o trajeto de
suas fibras.
Os
músculos intercostais externos e internos também podem ser vistos na parede
póstero-lateral do tórax. Observe como os músculos intercostais internos
não ultrapassam a região do ângulo costal sendo, a partir daí,
substituídos pela membrana intercostal interna. Essa membrana já foi
retirada nos 3o, 4o, 5o e 6o
espaços intercostais, permitindo a visualização dos músculos intercostais
externos. Identifique as cúpulas diafragmáticas. As duas acham-se no mesmo
nível? Explique esse fato.
Identifique
o músculo oblíquo externo do abdome e sua aponeurose. O que é ligamento
inguinal? Identifique-o.
Coloque
o cadáver em decúbito ventral e identifique o trígono lombar. Quais são os
seus limites? Que músculo forma seu assoalho? Observe o músculo oblíquo
interno do abdome, a partir de sua origem na fáscia toracolombar, coloque o
cadáver em decúbito dorsal e siga-o anteriormente. Note a continuidade
existente entre as fibras do músculo oblíquo interno e as dos três
músculos intercostais internos inferiores. Observe como sua aponeurose
acha-se fundida anteriormente com a do músculo oblíquo externo ao longo da
linha semilunar. Observe o músculo transverso do abdome, seguindo o mesmo
procedimento empregado em relação ao músculo oblíquo interno. Compare a
orientação de suas fibras com a dos músculos mais superficiais. O que é
fáscia transversal? O que é tecido conjuntivo extra-peritoneal?
Observe
o músculo reto do abdome e classifique-o quanto ao número de ventres.
Reconheça a linha alba, as intersecções tendíneas, a linha semilunar e as
lâminas anterior e posterior da bainha do reto. Note,
ao longo de sua margem lateral, as terminações dos feixes vásculo-nervosos
que nele penetram (qual é o nome desses nervos?). Estude a lâmina
posterior de sua bainha e identifique a linha arqueada (ou semicircular). Note
como, abaixo deste nível, a lâmina posterior é mais delgada. Verifique se
está presente o músculo piramidal.
Na
parede posterior do abdome, identifique os músculos diafragma (veja suas
partes e seus orifícios), psoas maior, quadrado lombar e ilíaco. Verifique
se está presente o músculo psoas menor.
7
– Músculos do dorso
Os
músculos do dorso estão dispostos em grupos anterior e posterior. Os
músculos do grupo anterior, pré-vertebrais, incluem músculos do pescoço e
da parede posterior do abdome, como os músculos longo da cabeça, longo do
pescoço, reto anterior da cabeça, reto lateral da cabeça, psoas maior e
quadrado lombar. Os do grupo posterior, pós-vertebrais, compreendem vários
músculos dispostos da seguinte maneira:
mais
superficialmente estão os músculos trapézio e grande dorsal.
em
posição média estão os músculos levantador da escápula, rombóides e
os serráteis posteriores,
mais
profundamente situam-se os músculos do dorso propriamente dito ou pós
vertebrais profundos, inervados pelos ramos dorsais dos nervos espinhais.
Algumas
estruturas situadas no dorso, já foram vistas, como os músculos trapézio,
grande dorsal, levantador da escápula, rombóides, a fáscia toracolombar, as
porções póstero-laterais dos músculos ântero-laterais do abdome e o
trígono lombar. Outras, como os músculos serrátil póstero-superior e
serrátil póstero-inferior serão objeto de estudo apenas teórico
Os
músculos pós-vertebrais situados mais profundamente constituem duas grandes
massas em relevo nos lados da coluna vertebral, facilmente palpáveis, e são
conhecidos também com o nome de músculos da goteira ventral. A massa
muscular longitudinal, de cada lado, compõe-se de três camadas, profunda,
média e superficial, de músculos pós-vertebrais.
A
camada profunda constituída pelos músculos. interespinhais,
intertransversários, rotadores curtos e longos e levantadores das costelas,
é pouco conhecida e mal estudada. Também não será objeto de estudo
prático.
Os
músculos da camada média têm disposição bastante complicada, com maior
grau de fusão e alguns feixes saltando vários segmentos, o que lhes valeu o
nome de complexo transverso-espinhal. Seus componentes, que devem ser
identificados, são: o músculo multífido, o músculo semi-espinhal do
tórax, o músculo semi-espinhal do pescoço e o músculo semi-espinhal da
cabeça.
Os
músculos da camada superficial são, denominados, em conjunto, eretor da
espinha ou complexo sacro-espinhal. A porção mais inferior origina-se no
ílio, em vértebras lombares e em espessa aponeurose estendida neste
intervalo, de onde ascende lateralmente até a última costela. Neste ponto a
massa muscular alonga-se em três colunas que sobem na parte posterior do
tórax, onde se inserem nas costelas e vértebras, e que devem ser
identificadas:
a
coluna mais lateral, denominada músculo iliocostal, é formada pelos
músculos iliocostal lombar, iliocostal torácico e iliocostal cervical.
a
coluna intermédia, denominada músculo dorsal longo é subdividida nos
músculos longuíssimo do tórax, longuíssimo do pescoço e longuíssimo
da cabeça
as
divisões da coluna medial, dita músculo espinhal, são os músculos
espinhal do tórax, espinhal do pescoço e espinhal da cabeça
Identifique,
ainda, os músculo m. esplênio do pescoço e da cabeça
8
– Músculos da pelve e do períneo
Observe
as peças com as regiões pélvica e perineal dissecadas e identifique os
seguintes músculos:
m.
isquiocavernoso
m.
transverso superficial do períneo
m.
bulboesponjoso
m.
transverso profundo do períneo
m.
levantador do ânus
Quais
são as diferenças sexuais existentes nos músculo m. da pelve e do períneo?
9
– Vasos e nervos da cabeça e do pescoço
As
estruturas superficiais da cabeça e do pescoço são de difícil
identificação nas peças disponíveis. Tente identificar:
ramos
superficiais do plexo cervical (nervos supraclaviculares, nervo auricular
magno, nervo cervical transverso, nervo occipital menor)
v.
jugular externa(peça a um colega para "soprar com a boca
fechada" e verifique seu trajeto in vivo)
v.
jugular anterior (se presente)
n.
acessório
Nas
peças a sua disposição, a bainha carótica já foi removida, mas os
elementos envolvidos por ela - veia jugular interna, artéria carótida comum
com sua bifurcação em artérias carótidas externa e interna e o nervo vago
- devem ser visualizados. Tente identificar a alça cervical e o tronco
simpático cervical
Localize
novamente os músculos escalenos anterior e médio e identifique os troncos do
plexo braquial e o nervo frênico, que cruza a face anterior do músculo
escaleno anterior.
Localize,
no trígono supraclavicular, a veia e a artéria subclávias. Essa última é
dividida pelo músculo escaleno anterior em três porções, que devem ser
reconhecidas, bem como os seguintes ramos da artéria subclávia:
artéria
vertebral
artéria
torácica interna
tronco
tireocervical e seus ramos
artéria
escapular descendente
Identifique
a glândula tireóide. Seu istmo já está seccionado, permitindo que você
afaste da traquéia cada um dos seus lobos, de tal forma que, na profundidade
do sulco resultante, seja observado, de cada lado, o nervo laríngico
recorrente. No lado direito localize a origem do nervo laríngico recorrente,
a partir do nervo vago e observe a alça feita pelo nervo laríngico
recorrente em torno da artéria subclávia. Em que nível se origina o nervo
laríngico recorrente esquerdo?
Retorne
ao plexo braquial, localize o tronco superior e, a partir desse, identifique o
nervo supra-escapular. Note como a artéria supra-escapular, em sua porção
mais lateral, assume um trajeto paralelo a esse nervo, relação essa que
permite identificá-la.
No
trígono submental tente identificar os nervos hipoglosso e lingual.
Determine
novamente o ponto de bifurcação da artéria carótida comum e identifique o
seio carotídeo. Identifique os seguintes ramos da artéria carótida externa:
artéria
tireóidea superior
artéria
lingual.
artéria
facial.
artéria
occipital
artéria
temporal superficial
artéria
maxilar
Identifique,
também, o nervo hipoglosso pela alça que forma em torno da artéria
occipital
Identifique,
novamente, a artéria facial no ponto em que ela cruza a margem inferior do
corpo da mandíbula e acompanhe-a até o ângulo medial do olho onde recebe o
nome de artéria angular. Note seus ramos principais, as artérias labiais
superiores e inferiores. Observe também a veia facial. Qual é a diferença
entre esses dois elementos que mais chama a atenção?
A
glândula parótida, que se situa anteriormente ao processo mastóide e ao
músculo esternocleidomastóideo foi, na maioria das peças, destruída
parcialmente para expor as divisões principais do nervo facial (troncos
temporofacial e cervicofacial), o plexo parotídico e seus ramos temporais,
zigomático, bucais, marginal da mandíbula e cervical Às vezes é possível
notar, na superfície do músculo bucinador, alguns filetes nervosos. São os
ramos do nervo bucal que fornecem inervação sensitiva para a pele e mucosa
da bochecha. Não os confunda, portanto, com os ramos bucais do nervo facial.
Identifique
a artéria temporal superficial na região imediatamente anterior ao trago.
Note que ela apresenta uma localização relativamente superficial o que,
além de tornar a sua pulsação facilmente palpável, é fator de risco nos
traumatismos dessa região.
10
– Vasos e nervos do tórax e do abdome
Como
a parede anterior do tórax foi retirada nas peças dos grupos, a artéria
torácica interna deverá ser vista na peça da mesa neutra. Quais são os
seus ramos? Note suas veias satélites Essa artéria é importante para a
nutrição dos tecidos da parede torácica e mamas e como via de circulação
colateral entre as artérias subclávia e aorta descendente e subclávia e
ilíaca externa
Os
demais vasos e nervos do tórax serão vistos na sua parede póstero-lateral.
Veja nos espaços intercostais os nervos intercostais e os vasos intercostais
posteriores. Siga as artérias intercostais posteriores até sua origem na
aorta torácica. As artérias intercostais posteriores têm a mesma extensão
em ambos os lados? Por que? Como se dá a formação de um nervo intercostal?
Localize, novamente, o nervo frênico em seu trajeto cervical e siga-o
inferiormente até sua penetração no diafragma.
Acompanhe
o tronco simpático na maior extensão possível. Veja o nervo esplâncnico
maior. Quantas raízes ele apresenta? Compare várias peças. Existem ainda os
nervos esplâncnicos menor e imo que são de mais difícil visualização.
No
lado direito do tórax, tente observar a veia ázigos na maior parte possível
do seu percurso torácico, ao longo do qual ela recebe várias tributárias.
Quais são elas? Que veia recebe o sangue por ela conduzido? Localize o
esôfago e a aorta. Entre essa última e a veia ázigos, tente identificar o
ducto torácico. Faça uma boa visualização das veias braquiocefálica
direita e cava superior. Localize a traquéia e o brônquio principal direito.
No
lado esquerdo do tórax veja as seguintes estruturas: veia braquiocefálica
esquerda (compare-a com a direita), arco aórtico, tronco braquiocefálico
(identifique seus ramos terminais, as artérias subclávia e carótida comum
esquerdas). Localize o nervo vago no pescoço e acompanhe-o inferiormente.
Identifique a veia hemiázigo (observe as suas tributárias e note como ela
cruza o plano mediano para desembocar na veia ázigos) e a veia hemiázigo
acessória.
Identifique
a artéria epigástrica inferior na face profunda do músculo reto do abdome e
estude a via de circulação colateral entre as artérias subclávia e ilíaca
externa.
Identifique
os seguintes ramos da aorta abdominal:
artérias
frênicas inferiores
artérias
lombares
artéria
sacral mediana
artérias
ilíacas comuns
tronco
celíaco e seus ramos (artérias gástrica esquerda, lienal e hepática
comum)
artéria
mesentérica superior
artéria
mesentérica inferior
artérias
renais
artérias
gonadais (ovárica, na mulher e testicular, no homem)
artérias
supra-renais médias
Quais
destes ramos são parietais e quais são viscerais? Quais são pares e quais
são ímpares?
Os
plexos autônomos, os nervos esplâncnicos lombares e os linfonodos
pré-aórticos, ilíacos comuns e sacrais já foram removidos na maioria das
peças disponíveis. Estude-os teoricamente. Identifique, também, as
artérias ilíacas internas e externas. Identifique os ureteres e observe a
relação entre eles e as artérias ilíacas comuns.
Acompanhe
a veia cava inferior até o nível da abertura superior da pelve e determine a
sua formação. Localize os troncos simpáticos lombares direito e esquerdo
situados posteriormente à veia inferior e ao lado da aorta, respectivamente.
Estude as relações da aorta e da veia cava inferior com a coluna vertebral.
Reconheça os nervos femoral e obturatório.
11
- Vasos e nervos da pelve e do períneo
As
peças de vasos e nervos da pelve e do períneo estão na mesa neutra. Observe
que existem diferenças, em particular no referente aos vasos, se a peça for
proveniente de um indivíduo do sexo feminino ou masculino.
Estude
os plexos lombar e sacral.
Na
pelve masculina, identifique os seguintes ramos da artéria ilíaca interna:
artéria
obturatória (em cerca de 20% dos casos origina-se da epigástrica
inferior)
artéria
glútea superior
artéria
glútea inferior
artéria
pudenda interna
artéria
umbilical
Na
pelve feminina, identifique os seguintes ramos da artéria ilíaca interna:
artéria
obturatória (em cerca de 20% dos casos origina-se da epigástrica
inferior)
artéria
glútea superior
artéria
glútea inferior
artéria
pudenda interna
artéria
umbilical
artéria
uterina
TABELA 1 - ESTRUTURAS A SEREM IDENTIFICADAS NO ESTUDO DOS OSSOS DO TÓRAX E DA COLUNA VERTEBRAL
CAIXA
TORÁCICA Cavidade
torácica Abertura
torácica superior Abertura
torácica inferior Arcos
costais (costelas) Espaço
intercostal Ângulo
infra-esternal ESTERNO Manúbrio Corpo Incisura
clavicular Incisura
jugular Ângulo
esternal Processo
xifóide Incisuras
costais COSTELAS Costelas
verdadeiras Costelas
falsas Costelas
flutuantes Cartilagem
costal Cabeça
da costela (face articular) Colo Corpo Tubérculo
(face articular) Ângulo Sulco VÉRTEBRA
EM GERAL Corpo
vertebral Arco
vertebral Forame
vertebral Pedículo Lâmina Forame
intervertebral Fóvea
costal superior |
Fóvea
costal inferior Fóvea
costal do processo transverso Processo
espinhoso Processo
transverso Processo
costal Processo
articular superior Processo
articular inferior VÉRTEBRAS
CERVICAIS Forame
do processo transverso Tubérculo
anterior (carótico) Tubérculo
posterior Atlas Massa
lateral Arco
anterior Arco
posterior Áxis Dente Superfície
articular superior Processo
articular inferior SACRO
(Vértebras sacrais I a V) Promontório Asa Face
auricular Tuberosidade
Face
pélvica Forames
intervertebrais Forames
sacrais anteriores Forames
sacrais posteriores Canal
sacral Hiato
sacral OSSO
COCCÍGEO (CÓCCIX) Vértebras |